Exportação para os EUA: entidades prevêem mercado aquecido e cenário de oportunidades

2021-11-04T13:55:51-03:004 de novembro de 2021|Artigos sobre Exportação|
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A Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB) estima que a exportação para os EUA em 2021 deve ficar em torno de US$ 270 bilhões. Confira mais dados.

A crise sanitária mundial que se instaurou em 2020 impactou fortemente o Comércio Exterior em diversas frentes. Entretanto, em 2021, os dados de exportação para os EUA já trazem maior otimismo para as empresas brasileiras que miram o mercado internacional. 

O Brasil exporta uma grande variedade de mercadorias para os Estados Unidos, o qual possui, disparadamente, o maior mercado consumidor mundial. Estudos da Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) mostraram diversos setores estadunidenses que importam do Brasil, e que podem ser grandes oportunidades para quem deseja ingressar nesse mercado. 

Confira os dados e estimativas de exportação para os EUA a seguir. 

O Brasil tem dado indícios de crescimento nas exportações

Os dados da atividade brasileira no que diz respeito às exportações se mostram cada vez mais promissores em 2021. No primeiro semestre, cresceram 36% comparado ao mesmo período do ano anterior, somando US$ 136,4 bilhões. Dados oficiais do governo registraram que o início do segundo semestre também foi otimista. As vendas para o exterior bateram recorde, atingindo US$ 27,2 bilhões. Um crescimento de 49,2% quando comparado ao mesmo mês do ano anterior.

As estimativas para o fechamento do ano se mantêm promissoras. Matéria do Comex do Brasil mostra que, segundo dados da Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB) as exportações em 2021 devem ficar em torno de US$ 270,052 bilhões, um aumento de 28,7% em relação ao ano anterior. A estimativa foi feita em julho do mesmo ano. 

Com a desaceleração da pandemia no país, as empresas brasileiras estão voltando a mirar o mercado internacional. O país alcançou a marca de 600 mil mortes causadas pela Covid-19 em outubro de 2021. Apesar de ser o terceiro a nível mundial com a maior média de mortes diárias, esse valor caiu para 438, o menor número desde novembro de 2020, e indica que irá se manter em queda.

Corrente de comércio entre Brasil e EUA pode superar o pré-pandemia

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil e, quando se observa uma alta nas exportações, pode-se esperar que a corrente de comércio com o país também seja impactada positivamente. A maior expectativa do mercado é que se alcancem, pelo menos, os mesmos patamares atingidos no período pré-pandemia. 

Estudo da Apex-Brasil mostrou que, em 2020, entre os principais subsetores exportados pelo Brasil para o mercado americano, se destacaram:

  • produtos semimanufaturados de ferro ou aço: US$ 1,892 bilhão ou 8,8%.
  • aviões: US$ 1,480 bilhão ou 6,9%.
  • óleos brutos de petróleo: US$ 1,359 bilhão ou 6,3%.
  • celulose: US$ 944 milhões ou 4,4%.
  • café cru: US$ 929 milhões e participação de 4,3%).

Já em 2021, de janeiro a junho, estudo da Amcham mostrou que as exportações para os Estados Unidos já totalizaram US$ 13,317 bilhões (9,8% das exportações totais do Brasil), com um aumento de 32,9% em comparação com o primeiro semestre de 2020. As importações americanas somaram US$ 16,432 bilhões (16,6% das importações totais do Brasil), um aumento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2020. Com isso, a corrente de comércio entre os países totalizou US$ 29,750 bilhões (alta de 16,4%), com um superávit de US$ 3,115 bilhões dos EUA.

O vice-presidente executivo da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Abrão Neto, informou que, em 2021, as exportações brasileiras para os Estados Unidos devem crescer entre 14,1% e 30,1%. Estima-se que os setores de maior interesse para o mercado americano seriam:

  • siderúrgico;
  • de construção civil;
  • aeronáutico;
  • petróleo.

Há muitas oportunidades de negócios nos EUA para exportadores brasileiros

Assim como comprovam os dados da Apex Brasil apontados anteriormente, os Estados Unidos se mantêm como o segundo principal parceiro comercial do Brasil nas exportações. O “Perfil País”, levantamento que é elaborado pela agência, aponta o país como o mercado mais promissor para as exportações brasileiras de produtos manufaturados. 

É importante citar que as relações comerciais do Brasil com os EUA têm uma enorme diferença quando comparadas, por exemplo, à China. No caso da China, o Brasil exporta, majoritariamente, commodities e itens de baixo valor agregado. No caso dos EUA, isso não ocorre. O país é o maior mercado consumidor do planeta. Seus valores anuais de consumo são de US$ 17,8 trilhões, mais de duas vezes maiores que os do segundo colocado, a China, com US$ 8 trilhões. 

O Brasil fornece mercadorias para setores diversificados do mercado estadunidense, dentre os quais se destacam: 

  • aviação;
  • máquinas;
  • equipamentos;
  • derivados de petróleo.

O estudo da Apex citado identificou oportunidades comerciais para exportadores e potenciais exportadores brasileiros no mercado americano. Veja os dados das importações totais do país e o percentual de participação do Brasil nesse fluxo:

  • produtos na categoria “outros” | US$ 239 bilhões | 7%.
  • petróleo e derivados, coque, gás natural, biocombustíveis e eletricidade | US$ 196 bilhões | 3%.
  • equipamentos de transporte | US$ 130 bilhões | 3%.
  • produtos não classificados na indústria de transformação | US$ 115 bilhões | 2%.

 

Como visto, os Estados Unidos possuem o maior mercado consumidor do mundo e representam um excelente mercado alvo para quem quer vender para o exterior. Entretanto, essa é apenas uma das muitas saídas para quem pretende internacionalizar seu negócio a fim de se tornar menos independente do mercado nacional. 

Já considerou expandir seu negócio para o país? Confira agora esse artigo com as vantagens da abertura de empresas nos EUA.

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