que produtos o Brasil mais vende para a China
Que produtos o Brasil mais vende para a China?

Que produtos o Brasil mais vende para a China?

Há uma preocupação tanto do Brasil quanto da China em diversificar mais a composição dos itens embarcados rumo ao país asiático, que ainda se concentra em commodities. Saiba mais.

Estudo da Apex-Brasil mostrou que a China é o segundo maior mercado consumidor do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. Não à toa, é cobiçado por empreendedores de todo mundo. Nesse contexto, saber que produtos o Brasil mais vende para a China é indispensável para compreender que tipo de vantagem competitiva pode auxiliar seu negócio a se diferenciar no mercado chinês.

Os produtos que lideram as exportações para a China são os commodities. Mas é esse o caminho que as lideranças brasileiras pretendem continuar trilhando? E a China, pode se beneficiar importando outros produtos de maior valor agregado?

Confira os dados a seguir e veja as perspectivas dos analistas sobre o comércio Brasil-China.

Que produtos o Brasil mais vende para a China: dados históricos 

As exportações do Brasil para a China são, disparadamente, lideradas por commodities. O item mais exportado é, sem dúvidas, a soja. Dados do MDIC mostram que o Brasil começou a exportar soja para a China em 2012. Naquele ano, as exportações atingiram quase US$ 11,8 bilhões (valores FOB), e pouco mais de US$ 17 bilhões no ano seguinte. Nos anos adiante, houve oscilações no total de soja exportado. Em 2018, o valor enfim chegou a ultrapassar US$ 27 bilhões, mas se manteve na faixa dos US$ 20 bilhões nos dois anos seguintes. Os dados extraídos do Comex Stat em 11 de novembro de 2021 mostram que, antes mesmo do final deste ano, as exportações de soja para a China já chegaram aos US$ 25 bilhões. 

Além da soja, outro item de grande destaque é o minério de ferro. No ano de 2005, o Brasil ultrapassou, pela primeira vez, o marco de US$ 1 bilhão em exportação de soja para a China. O valor exportado aumentou continuamente até 2011, quando quase alcançou US$ 18 bilhões. Os anos seguintes registram oscilações, com algumas quedas bruscas (apenas US$ 5,7 bilhões em 2015). Entretanto, em 2020, o país alcançou novamente esse teto, tendo exportado pouco menos de US$ 18 bilhões. Já em 2021, somente até a data em que foi feita a pesquisa, os valores bateram esse recorde, já tendo alcançado US$ 25,2 bilhões. 

Os óleos brutos de petróleo são, por fim, o terceiro produto mais exportado, ainda que costume registrar valores bem abaixo dos outros citados. No ano de 2008, o Brasil registrou, pela primeira vez, o marco de US$ 1,5 bilhões em exportações dessa commodity, apesar de ter sofrido baixa no ano seguinte. De 2010 em diante, o Brasil seguiu exportando aproximadamente US$ 3 bilhões para a China, até sofrer alta e atingir os US$ 6 bilhões em 2017. Nos anos que se seguiram, os valores se mantiveram entre US$ 10 e US$ 12 bilhões. Em 2021, especificamente, o valor atingido até a data da pesquisa realizada foi de US$ 11,7 bilhões.

Que produtos o Brasil mais vende para a China: exportações em 2021

No período entre Janeiro e Outubro de 2021, o Brasil exportou um total de US$ 77.402.563.790 para a China, de acordo com dados do MDIC. Levando em consideração os dados e a análise realizadas no tópico anterior, observa-se que, neste período, o minério de ferro ultrapassou a soja antes do fechamento do ano por uma quantia de US$ 162,5 milhões. Sendo assim, tornou-se, até então, o líder das exportações. A curiosidade é que, de acordo com os dados, o único outro momento em que esse fato ocorreu foi em 2012, o primeiro ano em que se registraram exportações de soja para a China. As exportações de minério de ferro ultrapassaram as de soja por US$ 2 milhões no fechamento daquele ano. 

Os óleos brutos de petróleo continuam ocupando o terceiro lugar no ranking de produtos brasileiros mais vendidos para a China. Em quarto lugar, temos a carne bovina brasileira, um item de grande importância nas relações comerciais com o gigante asiático. O Brasil alcançou o marco de US$ 2,8, US$ 4,9 e US$ 9,7 milhões em exportações desse item para o país em 2019, 2010 e 2011, respectivamente. Em seguida, atingiu o surpreendente marco de US$ 72,6 milhões em exportações em 2012. Os números voltaram a cair consideravelmente sem alcançar nem mesmo o marco de US$ 1 bilhão nos dois anos seguintes. Então, atingiu os US$ 461 milhões em 2015. Deste ano em diante, as exportações de carne bovina cresceram anualmente, até atingir US$ 1,4 bilhão em 2018, US$ 2,7 em 2019, US$ 4 em 2020 e, até a data da pesquisa realizada, já alcançou US$ 3,9 bilhões em 2021.

É indispensável apontar que, em setembro de 2021, o Brasil interrompeu os embarques de carne bovina para o país asiático “após dois casos atípicos de vaca louca terem sido notificados, em Minas Gerais e Mato Grosso”. A suspensão seguiu protocolos sanitários previamente firmados com a China. Entretanto, o parceiro comercial manteve o veto. O resultado foi negativo para o Brasil. A quantidade de tonelada exportada por dia caiu pela metade no mês, e o preço da arroba bovina sofreu quedas. 

Que produtos o Brasil mais vende para a China: dilema das commodities

Os itens que o Brasil mais vende para a China ainda são, principalmente, alimentos plantados em terras brasileiras. Há uma preocupação tanto do Brasil quanto da China em diversificar mais a composição dos itens embarcados rumo ao país asiático. Afinal, os três produtos citados foram responsáveis por 81% das vendas totais aos chineses entre janeiro e setembro de 2021. Veja dados do comércio Brasil-China para esse período:

  • Soja: US$ 23,7 bilhões | aumento de 10,8% | participação de 33% nas vendas; 
  • Minério de ferro: US$ 23,5 bilhões | alta de expressivos 89,4% | participação de 33% nas exportações;
  • Petróleo: US$ 10,5 bilhões | aumento de 9,85% | participação de 15% nas exportações.

Assim como aponta matéria da Valor Econômico sobre as exportações brasileiras para a China, ainda que haja muita tecnologia e logística envolvidas na produção das principais commodities exportadas, não se comparam a outros itens de maior valor agregado. 

Há consenso em torno das oportunidades em segmentos pouco explorados pelo Brasil no mercado chinês, como os de frutas, calçados, mel e produtos originários da biodiversidade brasileira. Tais itens encontrariam boa receptividade no mercado chinês desde que bem trabalhados dentro de estratégia para maior diversificação da pauta, mas exigiria ações conjuntas do governo e dos empresários. “Existe espaço para aumentarmos as vendas de maior valor agregado, mas, se não reduzirmos o custo Brasil. Não teremos competitividade no mercado internacional”, diz (José Augusto de) Castro, da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).  

Que produtos o Brasil mais vende para a China: recordes na corrente comercial

O comércio entre Brasil e China teve alta inédita em 2020. A corrente de comércio (​​soma das exportações e importações) entre os dois países alcançou US$ 101.728 bilhões. Os chineses responderam por 32,4%, ou US$ 67,8 bilhões do total das exportações brasileiras naquele ano. Enquanto isso, em 2021, o comércio bilateral entre os dois países alcançou um recorde a cada 3 dias, registrando mais de US $1 bilhão. A estimativa é feita por diversas fontes é que o ano de 2021 seja marcado por uma corrente de comércio maior do que US$ 300 bilhões. 

Veja alguns dados relevantes sobre o comércio Brasil-China no período de janeiro a setembro de 2021:

  • Brasil registrou superávit recorde de US$ 37,608 bilhões;
  • Houve 65% de participação chinesa no saldo acumulado pelo Brasil;
  • Em 2020, as exportações brasileiras para a China tiveram uma alta de 7,0%, em 2020, e de 34,1%, em 2021
  • A participação chinesa nas vendas externas totais brasileiras passou de 32,4% em 2020, para 34,1%, em 2021. 

 

A China é, sem dúvidas, um excelente mercado alvo para as empresas. Entretanto, para ter sucesso ao acessá-lo, é preciso compreender como ele funciona, superando as barreiras culturais, linguísticas e geográficas. 

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