Como exportar para os EUA em 5 passos

2020-06-19T14:49:55-03:0019 de junho de 2020|Artigos sobre Exportação, USA|
Tempo de leitura: 7 minutos

Dúvidas sobre como exportar para os EUA? Aprofunde-se em informações sobre as características do mercado, sistema tarifário e regulamentações americanas. Veja também aspectos essenciais sobre negociação com empresas estadunidenses. 

Sua empresa atua somente no mercado nacional atualmente, mas você pretende expandir para o mercado estadunidense? Para entender como exportar para os EUA, é preciso conhecer aspectos culturais, de mercado, de negociação, bem como questões tarifárias e regulamentações próprias do país.

Os Estados Unidos são um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e, mesmo com a pandemia do Novo Coronavírus, historicamente, é inegável que o país é uma potência com economia estável, principalmente se comparada à do Brasil. A exportação é uma forma de expansão dos negócios que oferece mais independência às empresas, permitindo que eles driblaram as crises internas. 

Quer apostar na exportação para os EUA e usufruir dessa vantagem? Atente-se a seguir a alguns passos indispensáveis e informações valiosas para fazer negócios com os Estados Unidos. 

1. Como exportar para os EUA: Adeque-se para atender à demanda americana

Se você busca informações sobre como exportar para os EUA é porque, provavelmente, já identificou demanda de consumo do seu produto no mercado americano. Agora, é essencial fazer uma pesquisa de mercado específica para destacar o que é necessário adequar às particularidades do mercado externo. Observe as exigências legais e especificações técnicas determinadas pelo importador e pela legislação do Estados Unidos. 

O que deve ser levado em consideração, segundo o manual Exportação: Passo a passo:

  • qualidade;
  • design;
  • composição;
  • desempenho;
  • embalagem;
  • rotulagem.

Além disso, analise também a capacidade de produção da sua empresa e quais adaptações a demanda do mercado estadunidense vai exigir. É bastante provável que uma delas seja realizar um aumento da produção, uma vez que a expansão de mercado inclui uma cartela maior de clientes.

É recomendado que você realize uma viagem exploratória aos Estados Unidos com foco em negócios. Compareça a feiras e rodadas de negócio locais para ter contato direto com o mercado. Aproveite para analisá-lo em primeira mão e extrair informações específicas relacionadas aos itens citados acima.

2. Como exportar para os EUA: Conheça as características do mercado americano

Negociações

De acordo com informações do manual citado, as negociações na América do Norte tem as seguinte características:

  • Propostas iniciais vs. acordo final: exigências iniciais elevadas.
  • Apresentação de questões: uma de cada vez.
  • Apresentações: formais.
  • Tratamento de divergências: franco.
  • Concessões: lentas.

Aspectos culturais também são de grande importância no processo de compra e venda internacional. Para saber como exportar para os EUA, é preciso se inteirar sobre a cultura local. O manual “Como Exportar: Estados Unidos”, também desenvolvido pelo Ministério das Relações Exteriores, oferece informações mais específicas sobre as características culturais dos Estados Unidos. 

O material informa que o domínio de outras línguas que não o inglês é pouco comum no país, mas que a língua estrangeira mais falada é o espanhol. Graças à grande miscigenação presente no país, é possível que você precise lidar com empresários de outros países não apenas de língua espanhola, mas também árabe ou asiática.

A fonte expõe também que, de modo geral, é comum negociar individualmente ou em pequenos grupos, pois não há grandes diferenças hierárquicas nas empresas estadunidenses. Os executivos têm autonomia para fechar negócio. Além disso, o agendamento e a pontualidade são levados extremamente a sério, principalmente na Costa Leste, nos arredores de Nova York, onde o ritmo dos negócios é mais acelerado.

Transporte

De acordo com o manual sobre como exportar para os EUA, o país possui uma boa infraestrutura de transportes. Segundo a Administração Federal das Estradas do Departamento de Transportes, os movimentos de carga em todos os modais de transporte devem aumentar o equivalente à 45% até 2040. Confira as informações a seguir, extraídas do manual:

  • Malha rodoviária: Além de ser a maior do mundo, com 6,5 milhões de km de estradas, é constituída por rodovias de ótima qualidade que são mantidas regularmente.
  • Malha ferroviária: Possui 228 mil km de extensão, espalhada por todos os estados, exceto o Havaí. O país conta com cerca de 560 empresas de transporte ferroviário e mais de 3 mil estações ferroviárias. 
  • Modal hidroviário: Existem mais de 41 mil km de rotas navegáveis nos Estados Unidos. Os portos fluviais dos EUA escoam um volume de mais de 2,5 bilhões de toneladas anuais de mercadorias domésticas e importadas. 
  • Modal aéreo: Os Estados Unidos também possuem o maior sistema aeroportuário do mundo. Pelos aeroportos norte-americanos passam, por ano, aproximadamente 9,3 milhões de toneladas de cargas de comércio exterior. 

Uma curiosidade relevante é que o Aeroporto Internacional de Miami é responsável por cerca de 85% das importações provenientes da América Latina e 81% das exportações para a região. Até 2016, quando foi publicado o manual citado, Brasil liderava o movimento de cargas nos dois sentidos.

Distribuição

A escolha de canais de distribuição nos Estados Unidos depende:

  • do tipo de produto a ser exportado;
  • do estágio de elaboração do produto;
  • da natureza da demanda no mercado interno;
  • do mercado-alvo. 

O manual sobre sobre como exportar para os EUA aponta que, geralmente, “os próprios fabricantes utilizam-se dos canais existentes. É relativamente comum, também, o fabricante montar seu próprio esquema de distribuição atacadista ou, em muitos casos, proceder à verticalização completa da rede, com a instalação de sua própria rede de lojas, principalmente no caso de produtos de consumo”.

Há também empresas especializadas que fazem planejamento e otimização do processo logístico, como é o caso da nossa unidade de negócios, a Serpa USA.

Preços

De maneira geral, o preço de exportação não deve ultrapassar aquele praticado no mercado alvo. Vale ressaltar que mercadorias estrangeiras vendidas nos EUA por valor inferior ao de mercado podem ser declaradas em situação de “dumping”. Com isso, são aplicados “direitos antidumping”, taxas equivalentes à diferença entre o preço de mercado e o preço de exportação. 

De qualquer maneira, você deve levar em consideração os custos que as adequações e implementação de operações de exportação vão provocar para a sua empresa. É preciso garantir que o preço de exportação seja, ao mesmo tempo, alinhado ao mercado estadunidense e vantajoso para o seu negócio.

O Grupo Serpa desenvolve estudos de viabilidade de exportação completos. Um dos principais passos a serem cumpridos nesse processo é o de assessorar empresas exportadoras a compor uma estratégia de preços que garanta competitividade. 

3. Como exportar para os EUA: Entenda o sistema tarifário dos EUA

Classificação de mercadorias

A Classificação Fiscal de Mercadorias consiste em determinar códigos para bens que vão passar por processo de importação ou exportação. No Brasil, é feita pelo sistema NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). Entretanto, nos EUA, produtos importados precisam ser classificados de acordo com a tabela aduaneira do país, a “Harmonized Tariff Schedule of the United States (HTSUS)”. 

Cabe ao importador assegurar a correta classificação da mercadoria. O comprador pode, inclusive, precisar enviar amostras do produto para a alfândega estadunidense, caso precise usufruir dos serviços de auxílio aos importadores referentes à classificação tarifária.

Documentos

Com a intenção de evitar incompatibilidades entre os dados dos LPCO (Licenças, Permissões, Certificados e Outros documentos) emitidos e aqueles contidos nas DU-E (Declaração Única de Exportação) o site do Siscomex oferece uma lista de alertas e orientações. Alguns itens possuem necessidade do cumprimento com procedimentos prévio ao embarque através de um LPCO.

Vale citar o Certificado Fitossanitário Internacional (CF), que “atesta a condição fitossanitária de plantas e vegetais, seus produtos e subprodutos e de outros artigos regulamentados”. O requisitos fitossanitários “variam conforme a organização e características de cada país e devem ser cumpridos pelo exportador, como parte inerente do comércio internacional”. É recomendado entrar em contato com o importador estadunidense e garantir que estes e demais requisitos necessários sejam preenchidos.

Estrutura tarifária

Os tipos de alíquotas estadunidense são:

  • Ad valorem: como proporção do valor internalizado;
  • Específica: como função da unidade de comercialização do produto;
  • Mista: como combinação de “ad valorem” e específica 

Acesse o site da USITC, para conferir informações completas sobre as regras de interpretação do sistema tarifário estadunidense.

O manual sobre como exportar para os EUA explica que a valoração aduaneira considerada pela alfândega estadunidense “geralmente leva em conta o valor pago pela mercadoria no país de origem, adicionado de eventuais despesas incorridas pelo comprador”. Alguns exemplos seriam:

  • embalagens;
  • comissões;
  • royalties;
  • taxas de licenciamento;
  • assists (assistência prestada pelo comprador ao vendedor na produção da mercadoria).

O manual também destaca que importações de produtos enquadrados no Sistema Geral de Preferências (SGP) feitas por empresas estadunidense são isentas de tarifas de importação. Entretanto, alguns produtos estão proibidos de receber esse tratamento, ou podem ser excluídos do SGP. Até a publicação do manual, em 2016, cerca de 4.900 produtos se qualificavam para o SGP. 

4. Como exportar para os EUA: Entenda a regulamentação de importação dos EUA 

O manual sobre como exportar para os EUA informa que “a tarifa média dos Estados Unidos é relativamente baixa, cerca de 3,5%”. Porém, existem diversos mecanismos da legislação comercial dos EUA que podem afetar as exportações brasileiras: regulamentos normais da Alfândega, leis e regulamentos específicos, restrições à entrada de diversos produtos brasileiros (quotas, subsídios, tarifas mistas, etc). 

Além disso, há leis e regulamentos estabelecidos pelo governo estadunidense que podem, por exemplo, “proibir a entrada, limitá-la a certos portos, colocar limitações à distribuição, armazenamento ou uso, requerer tratamento, rotulagem ou processamento prévio à liberação das mercadorias”.

Por essas razões, vale a pena contar com uma consultoria especializada.

5. Como exportar para os EUA: Conte com um agente para adentrar no mercado

A legislação de importação dos EUA é complexa, o que exige esforço do exportador. De acordo com o manual sobre como exportar para os EUA desenvolvido pelo Ministério das Relações Anteriores, “a designação de agente constitui, em muitos casos, a alternativa mais indicada e econômica de penetração no mercado”. 

O Grupo Serpa é um grupo de empresas especializadas em projetos de exportação e importação. Nossos serviços incluem agenciamento de cargas, desenvolvimento de soluções de ponta no âmbito da logística internacional, consultoria especializada, estudos de viabilidade e tudo o que é necessário para exportar para os Estados Unidos 

Oferecemos soluções customizadas para negócios entre Brasil e Estados Unidos e somos certificados pela FMC, TSA, IATA e FDA. Atuamos nos principais portos e aeroportos nacionais e internacionais, e oferecemos serviços personalizados “Door to Door”. Também fazemos o diligenciamento de todo o processo de “Supply Chain”.

Saiba mais sobre os nossos serviços de negócios com os EUA.

Compartilhe este artigo!

Ir ao Topo