Existem diversas práticas que preparam o terreno e asseguram um planejamento de importação mais seguro e eficaz. Confira essas dicas indispensáveis para os sucesso das suas operações.
O planejamento de importação envolve muito mais do que o planejamento da logística de transporte e distribuição das mercadorias. Ele tem o objetivo de garantir operações com o menor custo e, ao mesmo tempo, com a alta eficiência e qualidade.
Por esse motivo, é essencial se atentar a questões como o planejamento tributário, ao pleito de regimes aduaneiros especiais e aos aspectos logísticos de ponta a ponta. Vale lembrar também que um Novo Processo de Importação vem sendo implementado desde de 2018. Você já avaliou como esses fatores influenciam o seu negócio e as suas operações de importação?
Comece agora a se aprofundar nestes aspectos para, então, estabelecer estratégias que vão permitir o sucesso das operações. Confira a seguir dicas relacionadas aos diversos aspectos apontados.
1. Alinhe o planejamento tributário da sua empresa
Realizar um planejamento tributário inteligente, estratégico e efetivo é o primeiro passo para reduzir custos das operações de importação. Afinal, é por meio dessa ferramenta que você garante que os aspectos contábeis do seu negócio estejam alinhados da forma mais vantajosa e menos onerosa.
Para isso, pode ser necessário fazer ajustes. Periodicamente, faça uma auditoria fiscal refinada para inspecionar o contexto da empresa em relação a suas obrigações fiscais. A partir de relatórios fidedignos à realidade, entenda onde, especificamente, essas melhorias são possíveis e cabíveis para, então, aplicar medidas.
É por meio dessa auditoria que você possibilita e garante a elisão fiscal. Ou seja, identifica oportunidades legais de redução de alíquotas (modificando o regime tributário ou aproveitando vantagens fiscais legais). Essa prática vai permitir a recuperação tributária e, claro, influenciar positivamente no cálculo dos impostos de importação.
2. Atente-se ao novo processo de importação
O novo processo de importação baseado na DUIMP (Declaração Única de Importação) começou a ser implementado em Outubro de 2018. Ele representa uma evolução necessária e extremamente positiva que vai reduzir significativamente as burocracias que envolvem a nacionalização de bens.
Atualmente, apenas algumas empresas certificadas pela RFB como OEA (Operador Econômico Autorizado) podem registrar operações específicas utilizando a DUIMP, o novo documento de registro. O motivo disso é que a implementação desse documento – e do novo processo de importação – se dará de forma gradual.
De qualquer maneira, é indispensável que você já se inteire sobre como ele irá funcionar e impactar o planejamento de importação do seu negócio. Tudo indica que, muito em breve, a DUIMP estará ativa para as mais diversas importadoras.
3. Invista em um planejamento de importação com logística integrada
O ponto chave do planejamento de importação é o estabelecimento de processos logísticos estratégicos capazes de viabilizar e monitorar a distribuição da cadeia de suprimentos. Sem uma logística refinada, pensada de ponta a ponta, a rotina de armazenamento e distribuição desses bens pode ser prejudicada e causar um efeito dominó que vai:
- provocar gargalos;
- desperdiçar recursos;
- gerar retrabalho;
- desapontar clientes finais;
- prejudicar a solidez da empresa;
- gerar prejuízos.
Para evitar isso, o ideal é contar com uma logística integrada que seja capaz de tornar o uso de todos os recursos o mais eficiente e otimizado possível. Atente-se a todas as etapas do processo:
- modalidade e processo de transporte;
- parâmetros de estocagem;
- ova e desova;
- desembaraço aduaneiro.
4. Usufrua de regimes aduaneiros especiais e acordos internacionais
Uma boa maneira de estabelecer um planejamento de importação que favoreça a capacidade lucrativa da sua empresa é conhecendo e entendendo os regimes aduaneiros especiais e os benefícios fiscais no comércio exterior brasileiro.
Existe também o Ex-Tarifário, que representa uma redução temporária do Imposto de Importação de bens de capital (BK), de informática e telecomunicação (BIT), assim grafados na Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC), quando não houver a produção nacional equivalente. Podemos citar também o regime de Drawback, que suspende impostos na importação para futura exportação de produtos derivados visando a promoção das exportações.
Entender este e os demais regimes é o primeiro passo para definir qual deles é possível pleitear. Essa seleção precisa ser realizada com embasamento qualificado e de forma estratégica para que o negócio possa colher os benefícios e enxugar os custos da operação.
5. Contrate uma consultoria especializada em Comércio Exterior
Perceba que, para colocar em prática todas as dicas citadas, você vai precisar contar com uma assessoria especializada. Além destes, existem diversos aspectos relacionados ao planejamento de importação e aos trâmites aduaneiros que demandam a expertise de profissionais experientes (por exemplo, a Classificação Fiscal de Mercadorias e a realização do desembaraço aduaneiro).
Há ainda fatores tributários, jurídicos e administrativos que impactam ou podem impactar o seu negócio ao longo das operações de importação. Contar com uma consultoria em comércio exterior oferece grandes vantagens faz a diferença na prevenção e resolução dessas demandas. Se você quer assegurar operações de importação otimizadas, efetivas e lucrativas, é essencial contratar esse serviço.
Você absorveu dicas valiosas relacionadas ao planejamento de importação neste conteúdo. Agora, é hora de continuar se aprofundando nos trâmites da importação. Enquanto o novo processo ainda não abrange todas as importadoras, você precisa entender os aspectos do processo atual. Confira agora o que é fundamental saber sobre a legislação de importação no Brasil.