EUA é o principal destino de exportação de produtos médicos brasileiros

2021-10-22T17:57:34-03:0022 de outubro de 2021|Artigos sobre Exportação|
Tempo de leitura: 4 minutos

Dados de exportação de produtos médicos para os EUA mostraram que os o país comprou 27% do total exportado pelo Brasil no primeiro semestre de 2020. Entenda por que essa relação comercial tende a ser sólida.

A exportação de produtos médicos e o mercado de comércio dessa categoria se movimentou e passou por mudanças, principalmente após o princípio da pandemia de Novo Coronavírus em 2020, que resultou em uma crise sanitária global. Após a eclosão da epidemia na China, a Covid-19 se provou uma doença assustadoramente fatal ao redor do mundo e a resposta do setor de produtos médicos foi essencial para freá-la. 

É fato que os Estados Unidos estão entre os principais players no mercado de produtos hospitalares e de proteção individual. O país é também o principal destino das exportações de produtos médicos do Brasil, tendo comprado US$ 91 milhões no primeiro semestre de 2020.

A seguir, confira mais dados do comércio internacional de produtos médicos no Brasil e nos EUA. Conheça também a importância do registro no FDA (Food and Drug Administration) para os processos de exportação.

A pandemia impulsionou a exportação de produtos médicos

Um dos principais impactos do coronavírus no Comércio Exterior foi a crescente demanda por assistência médica e, consequentemente, pelo comércio de produtos médicos, desde aparelhos à medicamentos. Na conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento – Unctad – em abril de 2020, quando a pandemia já havia tomado grandes proporções, discutiu-se que, além de a crise sanitária ser um desafio para os sistemas de saúde, é também para as relações comerciais globais.

Em diversos países, restrições de exportação de produtos médicos precisaram ser revistas para evitar efeitos ainda mais graves. Até aquele momento, o mercado de suprimentos médicos compunha 5% do comércio mundial de mercadorias. Levantamentos da ONU mostraram que um número reduzido de exportadores atuavam como atores-chave na resposta global à Covid-19:

“Somente Alemanha, Estados Unidos e Suíça representam 35% do mercado global de produtos hospitalares. Já em relação ao mercado global de produtos de proteção individual, 40% são fornecidos por Alemanha, Estados Unidos e China.”

Como esperado, ao decorrer do ano, com a continuidade dos efeitos da pandemia, dados apontaram crescimento no comércio internacional de produtos médicos. Veja os dados do crescimento do comércio de dispositivos médicos no Brasil no primeiro semestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, segundo o Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS):

  • Importação: 21,2%, tendo sido comercializados US$ 3,1 bilhões;
  • Exportação: 16,8%, tendo sido comercializados US$ 338 milhões;
  • Balanca comercial: 21,8% a mais de déficit.

Os principais produtos comercializados foram aqueles diretamente ligados ao combate da Covid-19. Veja quais são eles e de quanto foi o aumento:

  • Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
      • Importação: 1.929%
      • Exportação: 2.802% 
  • Reagentes e Analisadores para Diagnóstico in vitro
      • Importação: 32%
      • Exportação: 82%
  • Mobiliário Hospitalar 
      • Importação: 19%
      • Exportação: 81%
  • Demais Equipamentos de Uso Hospitalar 
    • Importação: 37% 
    • Exportação: não informado.

EUA são o principal destino das exportações de produtos médicos brasileiros

Relatório da Florida International Medical Expo (FIME) mostra que os Estados Unidos possuem e devem continuar ocupando a posição de maior mercado de produtos médicos do mundo, dominando sozinho cerca de dois quintos dele. Pesquisas apontaram que a taxa de crescimento anual composta (CAGR) para este mercado no país deve alcançar “4,6% entre 2018-2023, com um valor de $206,9 bilhões até 2023”.

Dentre as atividades de comércio de produtos médicos nos Estados Unidos, as importações representam cerca de 30%. O relatório da Fime indicou quais são as categorias de produtos médicos de destaque na demanda americana, com base na taxa CAGR:

  1. “outros dispositivos médicos”;
  2. imagem para diagnóstico;
  3. consumíveis;
  4. ortopedia e prótese;
  5. auxílios ao paciente;
  6. produtos odontológicos.

Neste contexto, ainda que o Brasil tenha os EUA como um dos principais fornecedores de produtos médicos, o país é também o principal destino das exportações de produtos médicos brasileiros. De acordo com os dados da ABIIS citados, o país comprou do Brasil o total de US$ 91 milhões em dispositivos médicos no primeiro semestre de 2020, o que representa 27% do total exportado no período. US$ 42,3 milhões foram em Reagentes e Analisadores para Diagnóstico in vitro brasileiros, que corresponderam a 40% do total da exportação de produtos médicos.

O FDA tem papel essencial nas exportações de produtos médicos para os EUA

O FDA (Food and Drug Administration), o órgão estadunidense responsável pela proteção à saúde do consumidor. Em sua página com visão geral sobre a categoria de dispositivos médicos, as informações oficiais os definem como instrumentos destinados ao uso no diagnóstico de doenças ou outras condições, ou na cura, tratamento ou prevenção delas. 

Empresas que produzem e distribuem dispositivos médicos nos Estados Unidos devem se cadastrar no FDA e atualizar seu cadastro anualmente. Além disso, precisam listar os dispositivos e sua finalidade. Em alguns casos, é necessário realizar procedimento de amostragem pré-comercialização, a depender do uso e classificação do produto.

Sua empresa tem condições propícias para realizar exportação de produtos médicos para os Estados Unidos? Informe-se sobre exportação para os Estados Unidos e conheça os procedimentos necessários para o registro no FDA para produtos médicos. Confira este artigo sobre a importância do registro FDA ao exportar para os EUA.

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